domingo, 25 de junho de 2006

Difusão celular

Em casa dos pais da Ana montámos um anfiteatro para assistirmos da bancada central ao Portugal-Holanda. Sem querermos abusar da sorte 'sentamos' o projector que trouxemos do STaR City numa mesinha e viramos os fotões para a parede.

Com pouco mais de um metro de largura e uma assistência de cerca de quinze pessoas (crianças incluídas), assistimos ao chorrilho de cartões amarelos e vermelhos que o Sr. Árbitro ofereceu durante a partida. Foi só cacetada, a torto e a direito, mas mesmo só com 9 'tugas' a jogar contra 10 'laranjas', o um a zero confirmou Portugal nas meias-finais.

Futebolices à parte, quando chegou o final do jogo o pai da Ana - contra todos os repetidos pedidos feitos por nós - levantou a voz para chamar a atenção de todos, num tom que anunciava algo de importante; disse, abraçado à filha, «estamos os TRÊS muito satisfeitos com a vitória de Portugal».

Passados os dois segundos típicos de digestão da mensagem começaram a chover abraços, beijos, palmadas nas costas e gritos de euforia.

Será sem dúvida benvindo por todos!

Padrinho

A primeira a saber foi a Lara - no meio de um jantar do STaR City, na Quinta-feira, ela perguntou à Ana o motivo de tantos enjôos, com a desconfiança de quem quer ter algo mais do que apenas a resposta. Estava sentado à frente dela e, chamando-a discretamente disse-lhe simplesmente «Positivo!!». Num misto de extase e receio de falsa excitação, a Lara olhou para a direita, provocando a Ana a confirmar (ou negar!) a minha ousada afirmação. Apenas a meio metro de distância a Ana ficou imóvel, sem responder, mas evidenciando toda a felicidade de estar grávida através de um sorriso radiante e inequívoco. (Foi um dos momentos mais bonitos da minha vida, sentir que a força de uma amizade pode provocar lágrimas de pura felicidade, pura alegria - obrigado, Lara!).

Seguiram-se os meus pais, na Sexta-feira. Por questões de logística - forma hoje para Itália e só voltam no Domingo) - acrescida a enorme vontade de lhes contar a novidade, fomos jantar a Benfica, levando também uma moldula com uma fotografia da minha mãe virada para outra fotografia do meu irmão com o Gonçalo ao colo. E hoje, na Ulgueira, revelámos aos pais da Ana o nosso (tão) pequeno segredo.


Finalmente, já em casa, com a calma que procurávamos depois de uma tão agitada e preenchida semana, ligamos-te sem pressas nem contratempos para darmos o motivo da nossa maior felicidade. Senti na tua voz todo o amor que tens por nós e, esquecendo a distância e lonjura, imaginei-te connosco, em nossa casa, a partilhar este novo momento, tão especial, tão marcante (de formas que ainda não compreendemos). Senti-te aqui!

Tenho a sorte de poder contar contigo, sempre, onde quer que estejas!

Geneticamente falando!...

Soubemos há 4 dias, Terça à noite, quando viemos dormir a casa, a meio do curso STaR City que decorreu no Hotel Sana Estoril (antigo Hotel Paris).

Nessa tarde fomos a uma visita técnica a um barco da Transtejo - antes do jantar a bordo tivémos como entrada uma apresentação sobre a história da empresa e a importância para a cidade de Lisboa e populações da margem Sul do Tejo. Acabada a apresentação, já atracados no Cais do Sodré, o grupo foi passear (acho que foram ao Bairro Alto) e eu e a Ana fomos no habitual comboio até casa.

Eu ia simplesmente apanhar o carro para ir à TiS - a Margarida tinha ligado narrando problemas com o servidor, e a ausência do Nuno forçava a minha presença; a Ana...

Antes de irmos para casa passámos pela farmácia - eram demasiados dias seguidos de má disposição e enjôos para não darmos importância às nossas desconfianças. Com 11 euros trouxemos o 'medicamento' e rumámos escadas acima, em busca da cura da presente maleita.

Minutos depois as dúvidas tinham sarado, trazendo um efeito secundário mais ou menos esperado - o pequeno ponto cor-de-rosa ainda nos confundiu por breves instantes, talvez pela imponência do anúncio!... «Positivo!... Deu positivo!...».

Num abraço descontrolado senti, pela primeira vez, que havia alguém entre mim e a Ana, multiplicando não só células mas também sonhos e desejos já existentes há algum tempo.

Ainda é cedo para tomarmos a devida consciência da mudança ainda agora iniciada mas, olhando para a barriga da Ana procuro-me, procuro-nos, numa fértil constatação da força da vida.

O que queres que venhas a ser... benvindo(a)!

Pai Vasco

sábado, 3 de junho de 2006

Tentativa de regresso!...

Não posso 'forçar' o Filipe a escrever no ChefeCosta e depois não fazer o mesmo, escrever.

Deixo então algumas novidades sobre o meu estado de espírito!...

Ontem comprei uma revista de fotografia em francês: a Reponsés Photo. É um 2-em-1 - aprender mais sobre fotografia e (re)começar a ler e perceber francês - o curioso é a facilidade com que consegui ler alguns artigos, articulando as palavras em voz baixa para ver como soa o meu franciu. Com o tempo....

Para além disso, as ingressões do Faustino no mundo foto-profissional andam a abrir-me o apetite. Não vou largar tudo, não, mas vou começar a levar a máquina comigo mais amiúde. Afinal, ela quer é se utilizada, usada e abusada.

Outro pensamento actual (que também se estende à fotografia) é controlar as despesas de forma muito controlada. O motivo é simples: voltei de uma semana de férias (com a Ana, claro está!) na Manhattan de Nova Iorque, EUA. Sem dúvida que, a par de ler e tirar fotografias, viajar e conhecer novos sítios é mesmo a melhor coisas do mundo (privacidades à parte). Mas, para tantas estravangâncias é preciso pilim, guita, cheta, dinheiro!... E é tão fácil não comprar porcarias atrás de porcarias!... Por isso... pensar dez vezes antes de abrir a carteira!

Como excepção à regra existe um possível investimento (palavra profissional que procura disfarçar o profano vocábulo 'despesa') poderá ser feito sobre um digitalizador de fotografias, negativos, diapositivos e muito mais - o Epson v750! Estou a estudá-lo com olhos de comprador, sonhando já com a recuperação dos meus negativos e das fotografias amareladas que o meu Tio Luís mostrou ao meu pai; existe um património na família que quero mesmo ver preservado.

Não esquecendo outro objectivo, a tese está a andar, mas deixo a descrição para outro dia.

Filipe, para que também tu vejas o que ando a fazer (à margem do emails e telefonemas), aqui fica a minha parte!

Grande abraço!