domingo, 30 de dezembro de 2018


(in)finito

Hoje, ao despedir-me da Praia do Baleal, soube que te tinhas despedido de uma parte de ti. Parei, gelado, por ti e pelo teu irmão, querendo abraçar-te em silêncio e chorar contigo as insuportáveis dores que todos estamos destinados a sentir.

Lembro-me bem quando soube que te arrancaram outro pedaço, sem dó nem piedade, sem misericórdia. Ontem foi certamente igual e igualmente injusto. Não posso - não quero! - imaginar não poder dizer adeus... pois a verdade é que não estando preparados fica sempre um adeus - um obrigado - por dizer! Mas nunca estamos preparados!... (senti-o com a partida da minha Avó, que tardei em visitar para lhe dizer quanto a queria comigo para sempre!...)

...

Deixo-te o que senti ao contemplar a praia imediatamente antes de regressar a casa - paz e serenidade perante o infinito oceano que de tão imenso nos confunde com mais um grão de areia. E nesse infinito, de tão grande, cabemos todos, os de hoje e os de sempre, os da matéria e os das memórias.

Grande abraço, irmão CNM

1 comentário:

Ricardo "CNM" Silva disse...

Há momentos na vida em que palavras escritas assumem uma enorme importancia, mais ainda sabendo da sua sinceridade. Obrigado pela homenagem e um abraço de irmão de coração (bastante danificado nesta altura, mas ainda assim cheio por estas manifestações de amizade que aparecem nestas alturas em q tanto precisamos, mesmo q digamos o contrario)!

Obrigado !