quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Fechados no quarto

São onze da manhã. Novamente sediados em Ann Arbor, desta vez no Bell Tower Hotel, bem no centro do Campus Central.

Ontem, depois de uma viagem de carro deste Chicago, com chuva, trânsito e uma corrida contra o tempo (para entregar o carro até às 6pm na Avis do Holiday Inn), descobrimos, já no Hotel, que o João não estava nos seus dias - tinha febre, o que deve ter motivado o choro incessante dos últimos trinta minutos em viagem.

Adormeceu pelas 8pm, ao meu colo, abraçado a mim, gemendo e mexendo-se involuntariamente. O supositório fez efeito e rapidamente o João acalmou, sossegou, dormiu descansado. Depois acordo pela meia-noite, feliz da vida, a pedir comida - não tinha jantado - e comeu maçã, pão, galinha, massinhas, tudo o que lhe tínhamos guardado para o jantar. A noite não correu de feição, com muitas movimentações da cama dele muita agitação, muitos ruídos. Eu e a Ana fomos acordando, várias vezes, até que às cinco da manhã o João chamou o 'room-service' paternal, com um pedido especial de leite quente - aquecido em banho-maria no lavatório de uma das duas casas de banho do quarto.

Hoje acordou melhor, bem-disposto, embora ainda com alguma (pouca) febre; mas não é o João que estamos habituados - está mais calmo, mas mimoso, mais carente, como sempre fica quando o corpo lhe prega uma partida. Fomos tomar o pequeno-almoço perto da hora de fecho, e assim que voltámos ao quarto o João pediu a 'tevisão'... e já lá vão 80 minutos de sinal NTSC ao colo do pai e depois da mãe.

O problema é que o tempo está feio, está frio, está vento, chovisca, e queremos mesmo que o João fique bom antes do vôo; nem queremos imaginar o João doente a fazer doze horas de aeroportos e aviões... a ideia assusta-nos... muito. Por isso, e porque a Ana tem um reunião (de despedida) na Universidade, acho que o João verá mais televisão hoje do que no resto do ano todo.

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